Instagram ultrapassa 3 bilhões de usuários mensais e reforça aposta em Reels e DMs

Marco histórico revela o futuro da rede e os dilemas para fotógrafos

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O Instagram acaba de alcançar um número impressionante: 3 bilhões de usuários ativos por mês. O anúncio foi feito por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, e por Adam Mosseri, chefe do Instagram. O salto confirma o papel central da plataforma no ecossistema digital e consolida seu status como o produto mais culturalmente relevante do grupo Meta.

Segundo Mosseri, esse crescimento se deve principalmente a três pilares: DMs, Reels e recomendações algorítmicas. Ele mesmo declarou que o Instagram continuará a se reorientar em torno desses elementos, deixando cada vez mais para trás a ideia do “feed de fotos quadradas” que marcou sua origem.

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Amor e ódio: fotógrafos e criadores diante do Instagram

Para fotógrafos e criadores visuais, essa notícia desperta sentimentos mistos. Por um lado, o Instagram foi a vitrine que transformou carreiras e deu visibilidade global a projetos autorais. Por outro, a plataforma que nasceu como espaço de valorização da fotografia migrou para um modelo dominado por vídeos curtos e conteúdos ditados pelo algoritmo.

Essa relação de amor e ódio é clara: fotógrafos reconhecem que precisam estar onde o público está e não há audiência maior que 3 bilhões de pessoas mas, ao mesmo tempo, lamentam que a fotografia tenha perdido o protagonismo para o vídeo e para o consumo rápido.

O combustível do crescimento

Para entender melhor, veja os fatores que impulsionaram o salto histórico do Instagram:

Fator	Descrição	Impacto para usuários
DMs (Direct Messages)	Tornaram-se o coração da experiência, espaço onde laços e negócios se fecham.	Maior relevância para contatos privados, transformando mensagens em canal de vendas e networking.
Reels	Conteúdo curto e viciante, inspirado no TikTok.	Hoje, metade do tempo no app é gasto assistindo vídeos — muitos de pessoas desconhecidas.
Recomendações	Algoritmo prioriza mostrar conteúdos além de quem você segue.	Alcance ampliado, mas também sensação de perda de controle do feed e excesso de irrelevância.

Testes e mudanças à vista

Nos próximos meses, o Instagram vai liberar recursos para que os usuários possam ajustar manualmente os tópicos de interesse. Isso permitirá excluir conteúdos que não fazem sentido... como futebol quando seu time vai mal, ou hobbies que deixaram de ser relevantes.

Além disso, a aba principal da barra inferior deixará de ser dedicada ao botão de postar, dando lugar a um atalho direto para as mensagens. É um sinal de que a rede quer ser mais um espaço de conversa e consumo do que de compartilhamento espontâneo.

O desafio para quem vive da fotografia

• Adaptação é inevitável: ignorar os formatos em alta pode significar perder espaço no feed.

• Conversas importam: DMs podem ser mais valiosas que curtidas, funcionando como canal direto para fechar trabalhos.

• Curadoria de nicho: o ajuste de interesses pode abrir uma brecha para quem cria conteúdos consistentes e especializados em fotografia.

O marco dos 3 bilhões mostra que o Instagram é maior do que nunca, mas também mais distante de suas origens. Para fotógrafos e criadores, o dilema é claro: como continuar relevantes em um palco que mudou de forma, mas segue sendo o centro da atenção mundial.

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