A imagem que assombra gerações: “Napalm Girl” inspira o terror cinematográfico de Weapons
- Leo Saldanha

- 12 de set.
- 3 min de leitura
O blockbuster de 2025 transforma uma das fotos mais famosas do mundo em referência visual perturbadora e reabre debates sobre quem realmente a capturou.

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Quando Zach Cregger escreveu as primeiras linhas de Weapons, não imaginava que uma memória coletiva estaria ditando a postura de suas personagens. No trailer do filme, crianças fogem de suas casas às 2h17 da manhã, braços abertos num gesto estranho e inquietante. É uma corrida que não parece natural e justamente por isso assusta.

Cregger admite: não planejou uma referência direta, mas reconhece que a semente pode ter vindo da famosa foto de 1972, conhecida como “Napalm Girl”, de Nick Ut. Na imagem, Phan Thi Kim Phuc corre nua, queimada pelo napalm, braços afastados do corpo em dor e desespero. “Aquele gesto sempre me destruiu”, disse o diretor à Entertainment Weekly. “Talvez seja daí que veio. Nunca houve dúvida: elas correriam assim.”
O comentário, quase casual, revela como certos registros fotográficos atravessam fronteiras (do jornalismo de guerra ao cinema de horror) moldando símbolos que nem sempre percebemos. A fotografia não apenas documenta, mas infiltra-se no imaginário coletivo, reaparecendo em novas formas e contextos.
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Weapons, com estreia marcada para 8 de agosto, traz um elenco de peso (Josh Brolin, Julia Garner, Alden Ehrenreich, Benedict Wong) e promete mais perguntas do que respostas. Assim como em Barbarian, Cregger sabe que parte do fascínio está nas interpretações que o público cria por conta própria. E talvez seja essa a força das imagens icônicas: continuam correndo à nossa frente, lembrando que alguns fantasmas não ficam presos ao passado.
A polêmica por trás da imagem
A própria foto que inspirou Cregger volta aos holofotes: The Stringer: The Man Who Took the Photo, documentário adquirido pela Netflix, questiona a autoria de “The Terror of War”. A produção afirma que o registro histórico não teria sido feito por Nick Ut, mas por um stringer vietnamita chamado Nguyễn Thành Nghệ. A controvérsia reacende debates antigos sobre créditos, ética e memória no fotojornalismo.
A disputa de autoria mostra como imagens icônicas não pertencem apenas ao passado: elas seguem vivas, disputadas e reinterpretadas. O gesto das crianças em Weapons (braços abertos em silêncio perturbador) não é apenas um detalhe estético. É um lembrete de como a fotografia, mesmo décadas depois, continua a atravessar gerações, gêneros e narrativas, carregando consigo memórias, traumas e verdades ainda contestadas.
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