O universo do mercado fotográfico oferece muitas opções de atuação. Confira quais os segmentos com boas oportunidades e os que oferecem mais desafios nesse ano que começa
A fotografia como negócio é fascinante por oferecer tantas frentes de trabalho. Se a escolha for ser fotógrafo então, existem inúmeras opções de segmentação para se trabalhar. Contudo, a fotografia não é só feita de cliques. Muitos vivem de imprimir, de soluções digitais e serviços que até poucos anos antes nem existiam. Esse conteúdo da FHOX traz uma visão para os segmentos observando tanto oportunidades quanto aqueles que indicam desafios consideráveis por conta da pandemia e da crise estendida.
Fotografia de produtos e serviços de imagem para empresas em geral. O e-commerce cresceu muito em 2020 por conta da pandemia. Pequenos empresários precisaram de imagens para vender seus produtos e serviços. Quanto melhor a foto ou vídeo, melhor as chances de vender mais. Curiosamente esse mercado ainda parece desorganizado levando em consideração a quantidade de oportunidades e empresas de todos os tipos de porte no mercado nacional. Da lanchonete da esquina que virou “delivery” até o artesão que precisa vender seu trabalho.
Para ficar de olho: não se trata só de fazer a “fotinha”. Pois existe espaço para serviços mais completos com pacotes que envolvem fotos, vídeos e imagens adaptadas para redes sociais e afins. O especialista em imagens tem grande espaço para atuar nesse mercado. Veja também: Vendas online e delivery são nova realidade para 69% das empresas (ecommercebrasil.com.br)
Dado da Veja de janeiro de 2021: Demanda recorde. As vendas de produtos on-line alcançaram em 2020 patamares inéditos na história do e-commerce. Primeiro semestre: 38.8 bilhões de reais em vendas. 47% de crescimento em relação ao mesmo período de 2019. 90.8 milhões de pedidos feitos. Crescimento de 39% em relação ao mesmo período de 2019.
Fotografia de retratos. Esse mercado é do tamanho do Brasil. Quem não precisa de uma bom retrato para aparecer bem. Mais do que só uma fotografia...que tal um ensaio completo? E aí serve o retrato corporativo, retrato para autoestima. O caso é que um retrato pode servir para tantas coisas. Em tempos de redes sociais mais ainda. Pois podemos ter um pacote de imagens que nos mostrem bem as pessoas em fotos de avatar e afins. E dá para ir além. Levando em consideração que uma pessoa vai estar em muitas redes sociais e cada uma delas pode precisar de estilos de retratos diferentes. Retratos individuais ou coletivos. De uma equipe, da família e por aí vai. A nova fase dos smartphones com modo retrato e as próprias redes sociais estimularam essa oportunidade. Só que ao mesmo tempo indica um desafio para o profissional.
Para ficar de olho: criar produtos impressos não só sofisticados, mas sobretudo criativos e em diferentes formatos para atender essa demanda. E mais: pensar nos retratos (híbridos) que misturam vídeo ou áudio também pode ser uma boa ideia para essa fase da fotografia com recursos como realidade aumentada e afins. Veja também: A fotógrafa que construiu um negócio de retratos de olho nas celebridades do TikTok | FHOX
Fotografia de família. Esse mercado é gigantesco e também do tamanho do Brasil. Todos temos uma família nas suas mais variadas formas e configurações. Aqui, na visão da FHOX, a família é um pouco de tudo. Do pet junto com os filhos. Do aniversário aos momentos de intimidade ou clássico para retrato. O mercado da família é de recorrência. Pois o fotógrafo da família quando faz um bom trabalho retorna para novos serviços atendendo os mesmo clientes. E eles indicam para amigos e parentes. Na pandemia, a fotografia de família se destacou e deve seguir assim em 2021.
Para ficar de olho: o fotógrafo da família que vai bem trabalha com carinho e cria experiências visuais marcantes para seus clientes. Pensa no produto e entende as necessidades de cada família de forma única. Não é sobre fazer o mesmo para todo mundo. Mas sim sobre criar para cada um de uma forma única. O que passa desde o atendimento até o produto personalizado. Veja também: O futuro do ramo está na fotografia de família. Ou seria no presente? | FHOX
Drones. O mercado de drones só ganhou força nos últimos anos e continua se expandindo em 2021. As opções de trabalho são as mais variadas e muitas vezes têm pouca relação com a fotografia como nós imaginamos e trabalhamos. Trabalhos para marcas e organizações e governos estão em franca expansão para os mais variados usos. De vídeos misturados com fotos e de serviços para construtoras em lançamentos de empreendimentos imobiliários. Além dos serviços para marcas em influenciadores que necessitam de determinadas gravações aéreas. Some a isso os resorts e hotéis que devem acelerar a retomada a partir do segundo semestre e que podem e devem precisar de serviços que mostrem a dimensão do que oferecem com fotos e vídeos aéreos. Sem esquecer do novo boom das viagens locais para férias que puxam serviços como Airbnb e que justamente necessitam de novas formas de mostrar as casas disponíveis para locação. É aí que entra um drone e serviços como a Meero e afins.
Para ficar de olho: às novas possibilidades com vídeos imersivos para empresas e mesmo a área educacional e que podem e devem usar os drones para criações de conteúdos especiais. Leia também: Quer prever o futuro? Olhe para cima: os drones podem ter as respostas | NeoFeed
[caption id="" align="alignnone" width="525"] Noemí Rodríguez[/caption]
Filtros de realidade aumentada e sessão “social media”. O primeiro item é tecnológico e já aparecia como tendência no Brasil. A criação de filtros (verdadeiras maquiagens digitais) que funcionam em apps como Instagram e TikTok. Servem para marcas e pessoas e estão em franco crescimento. Já a sessão para redes sociais parece subaproveitada no Brasil. Lá fora isso está bombando. São fotógrafos que criam fotos ou ensaios para TikTok e que vivem disso. Aliás, aqui muitas vezes sem um produto impresso e ainda assim cobrando bem. Curiosamente nesse caso entra o aspecto multimídia de misturar música, vídeo e diversão. E no fim vender uma experiência que apela à vaidade do retratado. Por isso inclusive que sessões do tipo lugar x foto seguem bombando no mundo todo. Leia também: O novo negócio dos filtros de realidade aumentada personalizados | FHOX
Startup de impressão. Se 2020 foi o ano da impressão de fotos, 2021 deve ter esse movimento mais expandido. Desde aproveitar a onda do “faça você mesmo” até decoração com fotos e ideias criativas e personalizadas com itens fotográficos. O mote é servir ao cliente com aquilo que ele precisa. O que não é fácil, mas justamente por isso adiciona valor e foge do estilo mais do mesmo. Se olharmos para um país com mais smartphones do que brasileiros é estranho ver tão poucas opções de serviços de impressão. Algo que está mudando com a entrada de novos empreendedores inclusive de fora do mercado fotográfico e que vem esse apelo que muitas vezes quem atua na fotografia não consegue mais ver.
A força do negócio local. Em um mundo tão digital, existe também o caminho do atendimento super localizado. De atender a sua região com serviços e ofertas que não estão sendo resolvidas. Questões como impressão, vídeo, fotografia e afins. Do negócio do empreendedor local que nem precisa de ponto físico e que vai usar as ferramentas online disponíveis (WhatsApp, por exemplo) e que vai se valer de atendimento humanizado e relacionamento intenso com as pessoas da micro região. Ou seja, vizinhos, pessoas da rua, do bairro e dos negócios parceiros locais que tenham sinergia com sua oferta. Melhor ter 100 clientes locais frequentes do que dez mil seguidores no Instagram sem vender para ninguém. Mas na verdade o melhor mesmo é atuar em ambas frentes (online e presencial) de forma coordenada.
Vídeo. O vídeo vai permear todas as áreas citadas nesta matéria. Quem não dominar esse recurso perde a chance de aparecer mais tanto nas redes sociais quanto no impacto para contar histórias. O vídeo segue como ferramenta em alta para divulgar e como parte da oferta mesmo para quem só fotografa. É a chance de criar e mostrar uma experiência mais completa daquilo que você oferece seja qual for seu mercado de atuação. Veja também: 7 tendências da tecnologia para 2021 - Pequenas Empresas Grandes Negócios | Tecnologia (globo.com)
Mercados desafiadores
A fotografia de eventos em geral foi muito prejudicada pela pandemia. Os negócios que dependem de aglomeração sentiram fortemente a queda e o enxugamento nos orçamentos. Um quadro sem retorno rápido tão cedo, mesmo com a chegada da vacina no Brasil.
Casamento. A queda e a forte transformação desse mercado em 2020 foi impacto direto da pandemia. Para 2021 o quadro não muda até a vacina fazer efeito e reduzir o quadro crítico da pandemia. O que vimos em 2020 foi o enxugamento nos formatos, com transmissões ao vivo e eventos muito menores (logo com investimentos reduzidos). Para 2021 a fotografia de casamento não some, mas se adapta a um estilo muito mais personalista em que o fotógrafo até ganha força como “o olho” de quem não pode estar presente. Aqui entra a possibilidade de transmissões ao vivo e de ser a forma para o profissional que atua nesse segmento entender que fazer o casamento é a chance de entrar na vida de um casal que começa uma família. Ou seja, de ser o fotógrafo da família a partir desse evento social. Veja mais: Pesquisa mostra que pandemia fez número de casamentos cair até 61% | Agência Brasil (ebc.com.br)
Formatura. Também muito impactado, o segmento das formaturas segue desafiado em um cenário delicado. Com a mudança no formato, muitas turmas optaram por transmissões ao vivo ou drive-thru. O que é complicado para empresas que dependem dos grandes eventos e de mostrar uma conquista importante. Lá fora, as empresas que atuam de alguma forma como os formandos foram até o aluno na casa dele. Fizeram sessões exclusivas e personalizadas e investiram até em álbuns tipo diário da Covid-19 para mostrar como foi esse momento difícil, mas de uma forma muito pessoal contato em fotos. O EAD só deve se acelerar e também formatos híbridos de ensino. Para a foto escolar o retorno ocorre de forma mais nítida para 2021 já que as crianças devem voltar às aulas em um modelo híbrido. Seja como for, esse mercado tem ao mesmo tempo o grande desafio de uma queda forte nos eventos e a oportunidade de buscar uma adaptação que talvez mude esse segmento completamente nas formas de capturar e celebrar essas memórias. A conferir. Veja mais: Pós-pandemia: veja os setores da economia que serão mais e menos impactados pela crise (globo.com)
Cabine fotográfica. Desafiado da mesma forma que casamento e formatura, as cabines dependem de eventos sociais e corporativos para trabalhar. Com isso, muitos investiram em soluções de impressão e entrega ou mesmo pausando as atividades ou buscando eventos menores como forma de seguir atuando. Um cenário que também vai depender do retorno gradual para retomar com força. Algumas empresas buscaram soluções criativas para seguir operando em 2020. Veja mais: Empresário cria máscaras com próprio rosto das pessoas e dribla crise - Diário da Jaraguá (diariodajaragua.com.br)
Oportunidades que surgem em 2021 com ainda mais força
Live para loja ao vivo. As transmissões ao vivo como parte do pacote de serviços para um aniversário já estavam entrando na oferta de muitos fotógrafos em 2020. A novidade é o avanço da venda ao vivo para influenciadores e empreendedores em geral. E aqui entra o papel de especialista em imagem para ajudar a tornar a experiência mais vendedora e esteticamente eficiente. Com as lives com função de venda disponível ao longo de 2021 (algo que o Instagram aposta) é outra possibilidade de serviço para quem atua no mercado. Tanto para benefício próprio em suas lives quanto para atender clientes. Veja mais: Quem sabe faz ao vivo! Livecommerce dá seus primeiros passos no Brasil (ecommercebrasil.com.br)
Fotógrafo com outras competências. Mais do que multimídia, veremos o avanço dos negócios que misturam competências. Do fotógrafo que escreve muito bem e que encanta com fotos e textos no Instagram até o estúdio que conta com cenários para vender sonhos (cenografia como parte do encantamento). Enfim, os negócios de foto de destaque estão buscando outros caminhos (competências) para surpreender os clientes e adicionar valor em suas ofertas. Veja também: Adobe Stock: as tendências que vão impactar a criatividade em 2021 | FHOX
Experiências híbridas. Muito se comenta sobre a era que mistura o avanço do real/online. E para qualquer negócio de fotografia isso oferece possibilidades inusitadas. Como por exemplo fazer um ensaio completo e ao mesmo tempo transmitir isso para familiares e amigos. Ou a venda de sessões ao vivo como forma de aprendizado em plataformas de videoconferência. Lembrando: lojas de foto e estúdios que se valem do ponto físico terão que oferecer experiências completas e diferenciadas para atrair as pessoas. Sobretudo em momento em que o online avançou tanto e já começa a fazer parte do novo comportamento do consumidor. Veja mais: Mundo "Zoom" na fotografia | FHOX
A retomada é difusa e com oportunidades e ameaças para quem quer viver da fotografia. O fato é que ninguém sabe ao certo quando sentiremos os impactos da vacinação no Brasil. Especialistas falam em alguma normalidade no último trimestre de 2021. Ou seja, para todos os segmentos a pressão será grande até lá. Especialmente nos mercados desafiadores citados acima. Vale mencionar que é justamente nessas horas em que aparecem inovações e novos modelos de negócios que se destacam. Quem se habilita?
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