Estamos em um ponto crítico da pandemia. Uma situação desoladora que torna o trabalho na fotografia muito mais desafiador. Para muitos parece não existir alternativa. Uma realidade sobretudo para fotógrafos. Nos últimos 8 meses pesquisei e acompanhei de perto negócios de foto em diferentes setores. O que ficou claro (e aí incluo fotógrafos também) é que existem opções que não envolvem clicar. Aliás, a fotografia não é só fotografar. Eu sei que para profissionais esse é o prazer. A razão do que fazem. “Quero estar perto”, “Amo contar histórias”, “Quero criar imagens incríveis”. Esses são só alguns dos argumentos. Aos outros que não são fotógrafos também existem desafios. Da formatura a loja de foto, o que funcionava antes não funciona mais do mesmo jeito. Mercado que parou, mudança de comportamento, alterações bruscas e restrições do governo. O que quem conseguiu mudar esse quadro fez (e faz) de diferente?
A ótica da pessoa que consome - o primeiro passo é entender e se colocar no lugar das pessoas que você atende ou quer atender. Isso não é fácil. Como elas estão pensando e o que poderiam fazer nesse momento crítico? As pessoas querem só ficar quietinhas em casa vendo notícias ruins? não querem tentar nada diferente ou consumir algo fora do básico? Pesquisas de mercado recentes mostram que 18% dos consumidores brasileiros querem comprar coisas fora do básico. Quase 40 milhões de brasileiros estão dispostos a investir em itens fora do que é essencial. Seria ingênuo pensar que só eles é que vão consumir coisas “não essenciais” como a fotografia. Prova disso são os inúmeros casos de pessoas que pegaram o auxílio emergencial em 2020 para trocar de smartphone ou comprar até coisas que nada tem relação com comida ou pagar contas básicas. Veja que aqui não estou dizendo que devemos estimular o consumo da fotografia como luxo...na verdade o que espero é poder fazer uma reflexão: o que as pessoas podem querer com fotografia nesse momento de pandemia? Vamos lá…
“Eu posso querer levar minhas fotos de viagens, lembranças e momentos que ficaram esquecidos no computador, smartphone, nuvem. O que eu poderia fazer?”
“Eu posso querer decorar meu ambiente com as minhas lembranças. O que as imagens de quem eu amo”.
“Eu posso querer aparecer melhor para me vender melhor. Nas redes sociais ou no meu site e afins”
“Eu posso querer vender meus produtos e serviços de uma forma que as imagens me ajudam a fazer isso da melhor forma possível”
Essas são algumas das indagações e pensamentos que os fotógrafos, empreendedores de imagens, videomakers, influenciadores e negócios de foto em geral deveriam pensar.
O pensamento quanto ao consumidor final envolve muitas frentes e deveria ser mais completo. Um pai de família atendido pela fotógrafa da família tem outras necessidades que vão além de fotos da família. Para seu negócio e outras condições especiais. Da mesma forma a mãe que tem um trabalho e precisa de algo específico.
O que existe além do clique?
São muitas possibilidades que envolvem a fotografia impressa como produto. Vamos abordar algumas delas:
Álbuns. De viagens, de festas, de lembranças e afins. O acervo das nossas memórias.
Decoração com fotos. Para pessoas em suas casas ou negócios.
Arte com fotografia. Para colecionar, como investimento, como parte de um movimento.
Para negócios que podem usar livros, exposições e projetos especiais que de alguma forma podem usar a foto impressa nesse sentido
Como parte de um serviço. Aqui conectado com outro elemento de um negócio e que a foto funciona como um suporte. Exemplo: uma loja de joias que usa a fotografia em um revista exclusiva como parte da oferta
Das memórias das pessoas. Das impressões para as pessoas comuns. Usando as plataformas, apps e prestadores de serviços para ajudar nisso
Como parte de uma causa. Uma comunidade que usa a fotografia impressa para algum projeto social e que de alguma forma imprime fotos seja para exposição, livro ou fotos avulsas.
Personalização caso a caso. De criar produtos para cada pessoa de uma forma única usando a fotografia impressa nesse processo.
Produto único combinado com uma oferta online. Como tudo vai bem com foto, as possibilidades para criação de produtos impressos com foto são ilimitados.
Um produto com apelo de vaidade e autoestima. Algo impresso de alto valor adicionado.
São muitas possibilidades também para a foto e imagem digital. Para citar algumas:
1 - NFT - da nova arte digital que se torna única com essa tecnologia
2 - Vídeos - para pessoas e negócios. O vídeo não para de crescer.
3 - Filtros de realidade aumentada para pessoas e empresas.
4 - Organização do acervo das memórias
5 - Cursos para o nosso mercado, sobretudo. E isso já está acontecendo.
6 - 360° e realidade imersiva e virtual para marcas, comunidades e causas.
7 - drones para negócios e pessoas comuns.
8 - transmissões ao vivo para negócios, autônomos, causas e comunidades
9 - Iniciativas culturais para uma comunidade usando o poder da imagem
Eu sei que o que a gente fazia antes era bacana. Que seria ótimo poder continuar fazendo tudo igual. Mas é momento de repensar e buscar novos caminhos. Dias 13 e 14 de abril tem uma nova turma ao vivo do Foto+Produto. E nessa atividade abordamos muito sobre essas alternativas. Saiba mais: Foto+Produto ao vivo - Sympla
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