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O QUE A LEGO PODE NOS ENSINAR SOBRE A RENOVAÇÃO NOS PRODUTOS NA FOTOGRAFIA?

A famosa marca de peças de montar não atende só crianças e virou case de transformação de um negócio para esses tempos digitais




Eu sou fã da Lego e creio que praticamente todo mundo simpatiza com a marca. O motivo é simples: trata-se de um brinquedo divertido, colaborativo, colorido, simples e criativo. A única coisa ruim da Lego é pisar nas pecinhas quando a gente está descalço. Pois bem, o livro Peça por Peça é uma ótima dica de leitura sobre a história da empresa. Como quase faliu para se tornar um gigante que vai muito além do analógico. Sempre indico como leitura de negócios por trazer muitos ensinamentos para quem atua na fotografia. Sobretudo na renovação do conceito dos produtos. Como isso se relaciona com fotografia? veja meu resumo.


1 – Não esqueça do legado, mas não seja engessado por isso. A Lego é uma empresa com uma essência precisa. Peças de montar em diferentes frentes. Mas ela soube expandir em outras áreas digitais por uma razão simples: respeitou seu legado de manter as pecinhas como elo para tudo. Mantendo isso no foco, a Lego expandiu no digital sem esquecer do que a fez forte. Na fotografia vemos fotógrafos e negócios de fotografia se perdendo na arte esquecendo que a base que torna tudo mais forte está na essência das memórias. Lego é sobre criar, montar e colaborar. A fotografia não é muito diferente disso.


2 – Abrace o digital e a força do produto contando histórias. O produto Lego é a essência de todas as outras apostas da marca. No videogame com joguinhos em diferentes plataformas (inclusive no smartphone). Mas mesmo nos joguinhos você tem que montar as pecinhas para seguir em frente. Tudo do universo de produtos da Lego faz parte das histórias do desenho animado, do cinema, dos games e agora da realidade aumentada. O foco na interação, na colaboração com essas narrativas é sempre um destaque. A fotografia impressa com o produto também não funciona isolada, logo ela só tem poder real quando traz as histórias e a ligação emocional.


3 – Multiplataforma e integrada. A Lego se tivesse ficado só no analógico teria só as caixas das embalagens, as lojas e a venda pela internet desses produtos. Elas expandiu no smartphone, nos cinemas, na Netflix e em muitas outras frentes. A Lego entendeu que a força do legado da marca funcionaria tão bem quanto no analógico adaptando para o mundo online. Ela está presente onde estão os clientes: na palma da mão de olho no smartphone, redes sociais e afins. Ela descobriu que o vídeo combinando com histórias teria muito mais força.


4 – Ouvir e criar para os clientes. Existe uma grande comunidade de fiéis clientes da Lego. Cada um com perfis muito distintos. Tem as crianças pequenas, maiorzinhas (e até nisso elas se diferenciam) e têm adultos, adolescentes e outros segmentos de usuários dentro do universo Lego. Que foi até para os negócios sendo usado em escolas de business para design, robótica e criatividade. A Lego só conseguiu expandir e se adaptar fazendo algo óbvio e tão esquecido. Ouvindo clientes e trazendo as comunidades para perto. Na fotografia quem está indo bem ouve e colabora com os clientes. A ideia das pequenas comunidades de consumidores que são atendidos por um especialista em imagens.

O QUE É INTERESSANTE AINDA TANTO NO CASO DA LEGO QUANTO NA FOTOGRAFIA É QUE O PRODUTO FÍSICO AJUDA A VENDER O DIGITAL E VICE-VERSA.

5 – Propósito claro. Está ligado ao legado. Lego é sobre a construção de algo divertido. É sobre fazer o que eu quiser com minhas peças. No fim é uma autonomia criativa e divertida na brincadeira. É um brincar até nas faixas mais velhas para a linha adulta, por exemplo. O fotógrafo muitas vezes não sabe o motivo de fazer o que faz na fotografia. A Lego deu um salto nos negócios quando apostou e reforçou sua essência em tudo o que poderia fazer. Mas para tanto ela olhou para o mais básico: qual é o meu propósito? no caso da marca algo que começa em cada peça. E o seu? Qual é a pecinha mínima que faz você levantar todo dia para fotografar ou viver da fotografia?

6 – Diferentes personas. Ela cria produtos e comunicações para as diferentes personas. Eu sou o adulto e pai que curte Lego para relembrar coisas da minha infância ou para criar um ponto turístico famoso com o produto. Minha mulher pode ter essa mesma conexão. Minha filha quer imaginar profissões e criar histórias com personagens de desenhos da Lego (aliás, sempre acompanhando as novidades que estão bombando nesse sentido). O importante é que a marca se comunique com cada perfil de um jeito diferente. Na fotografia vemos fotógrafos querendo vender tudo para todos e se perdem justamente por isso.

7 – Multimídia, consistente, presente e multidisciplinar – A Lego ataca em muitas frentes. Das lojas que vendem experiências a parques de diversão com seu universo. Da interação do produto com a fotografia (veja as fotos) até a possibilidade de jogar com realidade aumentada em determinados produtos. Lego que vai com um caderninho de notas e até em chinelos para pisar nas pecinhas sem machucar os pés. A Lego é consistente e presente em muitas frentes. Na fotografia temos que ter consistência em um pouco de tudo e estamos presentes em muitos canais digitais e presenciais. O que é interessante ainda tanto no caso da Lego quanto na fotografia é que o produto físico ajuda a vender o digital e vice-versa.


A diversão é o futuro. O que fez a Lego se destacar foi ter acompanhado as evoluções tecnológicas e de mercado sem esquecer que a essência da marca é criar com as mãos no mundo real ou digital. Mas é sobre diversão com seus produtos. Fotografia é a mesma coisa, nos divertimos na sessão, com as fotos nas mãos e revivendo momentos ou nos sentindo bem com nossas imagens. A fotografia e Lego tem muito mais em comum do que parece. A Lego soube se reinventar sendo atraente ao mesmo tempo no digital e analógico. A fotografia pode ir pelo mesmo caminho. Que tal brincar de montar o “Lego” desse seu negócio de fotografia bem sucedido para o futuro?

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