O famoso boca a boca representa muito mais da metade dos esforços dos bons negócios da fotografia. Em tempos de tudo online conseguir essa indicação não é tão simples quanto parece
SÓ EXISTE UMA COISA PIOR DO QUE FALAREM DA GENTE. É NÃO FALAREM. OSCAR WILDE
A frase acima é famosa. E na prática nesses tempos de redes sociais parece fazer ainda mais sentido. É o famoso “falem mal mas falem de mim”. Nem todo mundo concorda com isso, o que não dá para negar é que quando se trata de um cliente indicando a outro aí a história ganha outro patamar. A recomendação pessoal de um amigo para outro ou de um família para família é das coisas mais poderosas que existe no marketing (lembrando que marketing é atrair e manter clientes).
Aqui cabe o primeiro desafio: para quem está começando como gerar indicação?
Não existe uma resposta fácil. É por isso que Cartier Bresson dizia que para atuar na fotografia tem que ter paciência. Algo que ele dizia para criar fotos incríveis, mas que faz muito sentido para a parte negocial. As primeiras medidas para quem começa é conseguir atrair clientes. Os primeiros que poderão indicar outros ou retornar a consumir. Nesse caso o poder de boca a boca. No livro de Word Of Mouth Marketing de Andy Sernovitz, o marketing boca a boca significa: “dar às pessoas boas razões para falar do que você faz. E fazer com que seja fácil para que essa conversa ocorra”. Logo, para quem começa (ou quem recomeça) não se trata de fazer uma pessoa “te vender” e sim fazer com que “elas falem de você”. Uma diferença bem grande. Gerar essas conversas significa criar algo que mereça a atenção. Um fotógrafo cria uma sessão de fotos com experiência e divulga nas redes sociais. Ele vai converter uma parte da renda para uma causa. Ou talvez a sessão seja com cães para adoção. Certamente são coisas que geram conversa.
Banksy é um artista subversivo e misterioso que ninguém sabe quem é exatamente. Só aí já gera alguma “conversa”. Pois ele alguns anos atrás fez uma obra se autodestruir em uma ação de marketing boca a boca impressionante. Gerou tanta indicação que a obra acabou valendo mais mesmo estando picotada.
Claro. A indicação tradicional não é só sobre fazer as pessoas falarem de você. É aquela família ou pessoa feliz com seu trabalho e que recomenda você para outro indivíduo próximo (amigo ou da família). Por que ele te indicou? um serviço bem feito. Aquela experiência marcante. Não foi só a foto incrível, mas uma soma de fatores de satisfação de um desejo atendido. Nem preciso dizer que qualquer falha no processo pode retirar a força de um possível cliente que indica. Exemplo: o prazo do álbum. O atraso para chegar a sessão. o tratamento pessoal. E por aí vai…ninguém indica alguém se uma etapa não for boa. Na verdade, é o contrário: ele vai sugerir você se tudo for bem acima da média.
Então, resumindo: o boca a boca verdadeiro é resultado de um trabalho de alto nível em todos os aspectos. Mas antes disso pode ocorrer a indicação se você “estimular a conversa” como na definição do autor do livro.
O manifesto criado por Sernovitz merece atenção:
Clientes felizes são os melhores propagadores do seu negócio
Marketing é fácil. Faça por merecer o respeito e recomendação do seus clientes. Eles farão a divulgação do que você vende de graça.
Ética e serviço de alto nível vem em primeiro lugar.
Você é o que faz não o que divulga nas redes sociais e afins. Ou seja, a entrega e a experiência contam muito mais no resultado final e consequentemente na indicação.
Boca a boca negativo existe e é tão frequente quanto o positivo. Ouça, preste atenção e aprenda com os erros.
As pessoas já falam dos negócios. A melhor coisa é fazer parte da conversa.
Seja interessante ou seja invisível.
Se não vale a pena falar disso, então não vale a pena fazer isso.
Faça a história da sua marca/empresa ser uma boa história.
É mais divertido trabalhar em algo que as pessoas querem falar a respeito.
o poder do marketing boca a boca é fazer com que os negócios tratem as pessoas do melhor jeito possível.
Marketing honesto, autêntico, faz você faturar mais. Seja de verdade.
No livro o autor trata de condições ideais e práticas que ajudam no efeito do boca a boca.
Seja legal. (é mais difícil do que parece).
Faça coisas inesperadas. O que ele quer dizer é não fazer mais do mesmo.
Crie programas de indicação com descontos no site e nas redes sociais. Com vantagens para quem indica. mas só para aqueles clientes especiais e que gostam de verdade da sua marca.
Como o produto ajuda na indicação?
Produtos incríveis geram indicação. isso é algo que o livro aborda e vale menção. “Produtos extraordinários criam relação de longo prazo e geram boca a boca. Marcas como a GoPro e Instax Fujifilm fazem sucesso assim. os próprios clientes felizes com os produtos comentam nas redes sociais e nos círculos mais próximos. Gerando conteúdos inclusive na internet e nas redes sociais. São produtos irresistíveis que fazem as pessoas falarem deles com frequência. O que os produtos com esse perfil têm em comum? são marcas com produtos únicos e que criam verdadeiras tribos no seu uso frequente.
No próximo conteúdo sobre “boca a boca na fotografia” uma visão sobre os grandes vendedores: os clientes felizes com seu negócio. E mais: um plano simples de ação.
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