Matéria recente da TechCrunch tratou do assunto. Lensa app é um aplicativo que usa a rede de inteligência artificial Stable Difusion para criar avatares extremamente realistas com pacotes de imagens que são pagos pelo usuário. Nos últimos dias vimos nas redes sociais brasileiras uma verdadeira inundação dessas artes. Segundo matéria recente do site TechCrunch, o Lensa app usa uma inteligência artificial do Stable Difusion que foi treinada com 2.3 bilhões de imagens. Incluindo fotos protegidas por direitos autorais. A rede busca as imagens em uma verdadeira varredura no Pinterest, Flickr, Smugmug, Getty, ArtStation, Shutterstock, DevianArt e outros.
O que é mais curioso é que artistas que tenha suas obras nessas e outras plataformas não tem como retirar suas imagens delas.
O que o artigo do TechCrunch diz é que "Estamos nos estágios iniciais de lidar com o que isso significa para artistas, ilustradores e fotógrafos independentes ou grandes corporações conscientes dos direitos autorais que são arrastadas pelo processo de modelagem de IA. Alguns modelos que usam a Difusão Estável levam a questão ainda mais longe. Antes de uma atualização recente, o Stable Diffusion Version 2, qualquer um poderia criar um modelo projetado para imitar o estilo visual distinto de um artista específico e cunhar novas imagens ad infinitum em um ritmo com o qual nenhum ser humano poderia competir."
Essa parte de copiar estilos eu já alertava em palestras já tem uns 7 anos pelo menos. Acredito que isso se tornará uma questão recorrente. Na prática, em breve, veremos mais programas que poderão imitar estilos de fotógrafos bastando escrever ou alimentar a ferramenta com uma imagem.
Segundo a TechCrunch, já existem inúmeros casos de artistas relatando que existem modelos de inteligência artificial criados para replicarem trabalhos e estilos de artistas.
Curiosamente, vi um fotógrafo postar que se ele fosse designer estaria preocupado com o futuro da profissão. Mas como vemos, o risco envolve todos os artistas visuais, inclusive fotógrafos.
Essa tecnologia do app já foi usada de forma similar anteriormente, a diferença é que antes não era tão sofisticada e servindo para um pacote maior de imagens. O fascínio e o apelo de podermos ver a nós mesmos de forma heroica ou como nos imaginamos ou gostaríamos de ser é forte.
Resta saber se existe um risco real para artistas e profissionais. Será que fotógrafos e fotógrafas estariam em risco em um futuro próximo com esse tipo de tecnologia? O tempo vai dizer.
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