A empresa de tecnologia diz que respeita a privacidade dos usuários e não usa dados privados ou protegidos por direitos autorais para treinar seu modelo de IA
A Meta Platforms, anteriormente conhecida como Facebook, revelou na última semana seu novo assistente virtual Meta AI, que usa postagens públicas do Facebook e do Instagram como parte dos dados de treinamento. A empresa afirma que não usa postagens privadas, bate-papos ou conteúdos protegidos por direitos autorais para alimentar seu modelo de inteligência artificial (IA), em respeito à privacidade dos consumidores.
O presidente de Assuntos Globais da Meta, Nick Clegg, disse em uma entrevista à Reuters que a empresa tentou excluir conjuntos de dados que contêm muitas informações pessoais, como o LinkedIn, por exemplo. Ele disse que a “grande maioria” dos dados usados pela Meta para treinamento estava disponível publicamente.
A Meta AI foi o produto mais importante entre as primeiras ferramentas de IA voltadas para o consumidor da empresa, apresentadas pelo CEO Mark Zuckerberg na conferência anual Connect da empresa, realizada nesta semana. O evento deste ano teve como foco a inteligência artificial, diferentemente dos anos anteriores, que se concentraram em realidade aumentada e virtual.
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A Meta AI é capaz de gerar texto, áudio e imagens e tem acesso a informações em tempo real por meio de uma parceria com o motor de busca Bing da Microsoft. A empresa usou um modelo personalizado baseado no poderoso modelo de linguagem Llama 2, que a empresa lançou para uso comercial público em julho, bem como um novo modelo chamado Emu, que gera imagens em resposta a solicitações de texto.
As postagens públicas no Facebook e no Instagram que foram usadas para treinar a Meta AI incluíam texto e fotos, disse Clegg. Essas postagens foram usadas para treinar Emu para os elementos de geração de imagem do produto, enquanto as funções de bate-papo foram baseadas em Llama 2 com alguns conjuntos de dados públicos e anotados adicionados, disse um porta-voz da Meta à Reuters.
O porta-voz também disse que as interações com a Meta AI podem ser usadas para melhorar os recursos da ferramenta no futuro.
Clegg disse que a Meta impôs restrições de segurança sobre o conteúdo que a ferramenta Meta AI poderia gerar, como a proibição da criação de imagens fotorrealistas de figuras públicas.
O fato é que a questão dos direitos autorais na geração de imagens por inteligência artificial é muito importante. Pois pode envolver litígios entre as empresas de tecnologia e os criadores originais. A Meta, que lançou seu novo assistente virtual Meta AI, diz que usa apenas postagens públicas do Facebook e do Instagram como dados de treinamento e que proíbe os usuários de violar a privacidade e os direitos de propriedade intelectual. A OpenAI, por outro lado, pagou pelo conteúdo da Shutterstock para treinar seu modelo.
E qual impacto disso para fotógrafos? Essa notícia pode impactar os fotógrafos de alguma forma, pois eles podem ver suas obras reproduzidas ou modificadas por ferramentas de IA sem sua autorização ou remuneração. A única forma de se proteger seria deixar sua conta no Instagram privada. Logo, quem se sentir lesado teria que recorrer à justiça para defender seus direitos autorais e evitar a concorrência desleal. Por outro lado, todas as novidades recentes e essas novas funções com IA também podem beneficiar aos fotógrafos como uma ferramenta criativa e colaborativa, que pode ampliar suas possibilidades de expressão e inovação. Além de ganhos com produtividade, monetização e marketing. Como sempre tudo depende do ponto de vista.
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