Fujifilm x Polaroid: a disputa judicial que pode redefinir a fotografia instantânea
- Leo Saldanha

- 1 de set.
- 3 min de leitura
Quase uma década de batalhas jurídicas chega ao tribunal: o clássico “quadro branco” da Polaroid está no centro da polêmica

roland deason/Unsplash
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A fotografia instantânea sempre carregou algo de mágico: a imagem que aparece diante dos olhos, ainda quente, com aquela borda branca inconfundível. É justamente essa borda (o chamado classic border logo da Polaroid) que está no centro de uma disputa que já dura quase dez anos e que agora segue para julgamento nos Estados Unidos.
De um lado, a Polaroid, marca icônica que reinventou sua própria história após quase desaparecer. Do outro, a Fujifilm, que conquistou o mundo com sua linha Instax, transformando a fotografia instantânea em fenômeno pop entre gerações que nunca viveram a era analógica.
O que está em jogo
Em 2017, a Polaroid acusou a Fujifilm de copiar seu design clássico ao lançar o Instax Square. Para a empresa, o enquadramento com bordas finas nas laterais e no topo e a borda grossa na base seria tão característico que confunde os consumidores.
A juíza Naomi Reice Buchwald, do Distrito Sul de Nova York, aceitou que existem provas suficientes de confusão real, incluindo registros de clientes e até evidências apresentadas pela Polaroid de que funcionários da Fujifilm teriam dificuldade em distinguir as fotos Instax das Polaroid quando fora da embalagem.
O resultado? Fujifilm queria encerrar o caso sem julgamento, mas não conseguiu. Agora, será um júri que decidirá se houve infração de marca registrada, se houve má-fé ou se a Polaroid teria perdido seus direitos ao interromper a produção de filmes em 2008.

Rochelle Lee/Unsplash
Por que isso importa para a fotografia
A fotografia instantânea não é apenas nostalgia: é um mercado vivo, que cresce em um cenário dominado pela digitalização. A Instax é líder global, mas a Polaroid busca manter seu território simbólico e comercial.
Um veredito favorável à Polaroid pode mudar o jogo: afetando preços, disponibilidade de filmes e até colaborações criativas que se apoiam na estética instantânea. Para fotógrafos e criadores, trata-se de muito mais do que uma disputa jurídica: é sobre quem detém a narrativa de uma das linguagens visuais mais reconhecíveis da história.
O futuro da borda branca
Ainda não há data definida para o julgamento. Mas quando esse embate for decidido, não será apenas sobre um detalhe de design. Será sobre identidade, memória afetiva e sobre como marcas históricas navegam no presente, entre a proteção de seu legado e a pressão de concorrentes que dominam o mercado.
O caso repercute na mídia internacional: Fujifilm and Polaroid Head to Trial in Nearly Decade-Old Trademark Dispute | PetaPixel
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